Os telemóveis são considerados amigos ou inimigos?
É assim que começa um artigo de opinião no Expresso, acerca do uso de telemóveis, redes sociais e a dependência dos ecrãs, por parte dos jovens e adolescentes.
Almeirim está a tornar-se um case study na forma como enfrentou esta problemática. Interessa conhecer as medidas adoptadas por Pedro Ribeiro, Presidente da Câmara Muinicipal desta cidade.
Se hoje sabemos que as tecnologias provocam dependências – tão graves como o álcool, o tabaco ou as drogas –, não percebo o porquê de os telemóveis não serem proibidos a nível nacional, em todo o recinto escolar.
A realidade de hoje nas nossas escolas é muito diferente daquilo que a minha geração, nascida nos anos 70, experienciou. Não vale muito a pena fazer comparações, uma vez que há coisas melhores e naturalmente outras piores.
Em Almeirim, sempre tentámos estar do lado da tecnologia que traz mais-valias para os alunos e que proporciona novas formas de aprendizagem. Mas, se por um lado existe esta vantagem, a verdade é que as novas tecnologias nos deixaram fisicamente longe dos nossos conhecidos, amigos e até família.
A função de um político é analisar os problemas e tentar encontrar as melhores soluções, sendo que essas soluções nem sempre são as mais populares.
Sabemos hoje que as redes sociais, a que os jovens acedem sobretudo através dos telemóveis, estão a provocar uma pandemia na saúde mental. Em 2023 estive por várias vezes nas nossas escolas e através de debates e conversas com alunos apercebi-me da verdadeira tragédia que vivemos. Uma tragédia que só tem tendência para se agravar se nada for feito. E é aqui que os decisores têm de intervir.
Decidimos proibir o uso de telemóveis nas escolas de Almeirim!
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